Levantamento da LCA Consultores, que utiliza dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostrou recorde nos pedidos de demissão nos últimos 12 meses
O país registrou 6,467 milhões de pedidos de demissão entre julho de 2021 e julho deste ano, correspondendo a 32,4% dos desligamentos no período (19,984 milhões). Isto é, o índice representa que 1 a cada 3 demissões foi voluntária.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, mesmo com a alta taxa de desemprego verificada no terceiro trimestre de 2022 (9,5 milhões de trabalhadores – 8,7%), em agosto, por exemplo, 632 mil funcionários pediram demissão dentre cerca de 1,7 milhão de desligamentos no país.
As informações revelam uma combinação de motivos que acarretam a decisão do funcionário em pedir demissão em busca de uma oportunidade mais atrativa, como: baixa remuneração, sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento, desmotivação, ambiente tóxico, pouca oferta de benefícios, priorização da saúde mental e da qualidade de vida.
Como mudar este cenário?
Baixa remuneração e falta de reconhecimento são os pilares que fundamentam a vontade de o funcionário pedir demissão. Do ponto de vista da empresa, reter talentos é fundamental, visto que reduz custos com desligamentos, novas contratações e diminui o turnover (taxa de rotatividade de colaboradores).
Para engajar os colaboradores e evitar pedidos de demissão em massa, é imprescindível focar no capital humano, isto é, em capacitação, remuneração e benefícios atrativos; estabelecer plano de cargos e salários efetivo; oferecer feedbacks; proporcionar diálogo aberto e um ambiente corporativo que favoreça à saúde mental do trabalhador.
Cuidados como estes serão determinantes para que o colaborador “vista a camisa” e decida permanecer na empresa.