Especial Agosto Dourado

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O mês de agosto é marcado pela campanha “Agosto Dourado”, que preconiza a promoção de ações de afirmação, incentivo e proteção ao aleitamento materno

A temática foi instituída pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que, no decorrer de agosto, sejam intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, como realização de palestras e eventos; divulgação em diversas mídias; reuniões com a comunidade; ações de divulgação em espaços públicos; iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada, que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno. 

 

O Agosto Dourado também está alinhado ao objetivo número 2 da “Agenda 2030 da ONU”, que visa, dentre outras metas, acabar com todas as formas de desnutrição, garantir alimentação segura e promover a melhoria da nutrição globalmente. 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno até os 2 anos ou mais, sendo exclusivo até os seis primeiros meses de vida. 

 

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 2019 e 2020, apontou que a prevalência do aleitamento materno exclusivo em crianças com idade inferior a 4 meses foi de 60,0%; com menos de 6 meses foi de 45,7%; a amamentação continuada entre 12 e 15 meses foi de 53,1%. 

 

A pesquisa concluiu que, segundo dados comparativos ao longo de 34 anos, as mães brasileiras estão amamentando seus filhos por mais tempo e com mais qualidade. De acordo com a análise (2019-2020), em relação a 1986, houve um aumento de mais de 12 vezes da taxa de aleitamento exclusivo entre crianças menores de 4 meses, passando de 4,7% para 60%; no que se refere aos menores de 6 meses, a elevação foi de 42,8%, passando de 2,9% para 45,7%, correspondendo a um incremento de cerca de 1,2% ao ano. 

  

Benefícios da amamentação para o desenvolvimento da criança

O leite materno é o alimento mais completo para o bebê e extremamente importante até os 6 meses de vida, pois é rico em vitaminas, minerais, cálcio, gorduras benéficas e bactérias do bem. Além de proporcionar a nutrição necessária para a criança se desenvolver, crescer e fortalecer seu sistema imunológico, reduz a mortalidade infantil e protege contra doenças, sobrepeso e obesidade. 

 

A nutricionista Camilla Freitas, pós-graduanda em Nutrição Funcional Aplicada à Clínica (UFRJ), destaca a relevância do aleitamento materno tanto para o suporte nutricional quanto para o desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor da criança. 

 

Além do suporte nutricional, temos também transformações que ocorrem até o sexto mês de vida do indivíduo. O sistema gastrointestinal, por exemplo, ainda não está completamente formado. A absorção de nutrientes e a produção de enzimas digestivas ainda estão sendo desenvolvidas nesse período. Da mesma forma, é o desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor. Para o bebê receber outros alimentos, ele precisa conseguir sentar, sustentar a cabeça e o tronco, e, principalmente, perder o reflexo de esticar a língua para mamar. Por isso, é extremamente importante que, durante os seis meses iniciais, a alimentação seja exclusivamente de leite materno e que a introdução alimentar ocorra a partir do final desse período.” – esclarece. 

 

A nutricionista faz um alerta muito importante sobre os impactos da alimentação da mãe sobre a produção de leite. “Além de uma alimentação saudável, rica em alimentos in natura ou minimamente processados – como frutas, legumes, verduras, proteínas, carboidratos e lipídios de boa qualidade –, é fundamental que a mulher beba bastante água para manter o organismo hidratado e garantir a produção de leite adequada.” – ressalta. 

 

Os benefícios do aleitamento são extensivos à saúde da mãe, por exemplo: reduz a depressão pós-parto; diminui o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama, ovário e endométrio; acelera a perda de peso; protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto; minimiza as chances de desenvolver anemia e Diabetes tipo II; auxilia no controle da natalidade. 

 

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