Setembro Amarelo: “A vida é a melhor escolha!”

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“Um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade.” 

 

Esta é a definição de saúde mental preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que significa muito mais que a ausência de doenças mentais, mas também a autopercepção do indivíduo, a forma como a pessoa se relaciona em sociedade; como lida com as experiências cotidianas, com suas emoções, seus medos, limites, desejos, suas capacidades. O conceito compreende, inclusive, questões que interferem efetivamente em nossa vida, como saúde física e emocional, família, trabalho, profissão, desenvolvimento intelectual, justiça social, autonomia, segurança, entre outras.

A campanha Setembro Amarelo — realizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) —, visa prevenir e reduzir os números de suicídio. A iniciativa chega em seu oitavo ano, trazendo um novo mote: “A vida é a melhor escolha”. 

 Anualmente, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, representando uma a cada 100 mortes, sem contar os episódios subnotificados, o que eleva a estimativa para mais de 1 milhão de casos. 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, a situação é preocupante. O suicídio figura como a quarta causa de morte, atrás de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. 

No Brasil, são cerca de 14 mil casos por ano (em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia) — 12,6% por cada 100 mil homens e 5,4% por cada 100 mil mulheres. 

 Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e integram o maior estudo sobre saúde mental desde a virada do século. Intitulado Relatório mundial de saúde mental: transformando a saúde mental para todos, o trabalho fornece informações para governos, acadêmicos, profissionais de saúde, sociedade civil e todos os que queiram apoiar o mundo na transformação da saúde mental. 

A pesquisa demonstrou que a taxa global de suicídio diminuiu 36% entre 2000 e 2019, ano em que quase um bilhão de pessoas no mundo — incluindo 14% dos adolescentes —, viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por uma a cada 100 mortes, sendo 58% dos casos antes dos 50 anos. 

O recorte de gênero revela que as taxas entre os homens são, geralmente, maiores em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, os índices mais altos são encontrados em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil). 

 

A Fundação Mudes lança o Grupo de Apoio Psicossocial (GAPIS) 

Por entender a promoção da saúde mental pela perspectiva de práticas interdisciplinares e sensibilizada com o alarmante cenário evidenciado pelos dados da Organização Mundial da Saúde, a Fundação Mudes criou o Grupo de Apoio Psicossocial (GAPIS), pertencente ao Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) da instituição, que entrará em atividade no início de outubro. 

O GAPIS surge como um programa que visa à elaboração de ações de cunho psicossocial para adolescentes e jovens, inscritos ou não nos programas da Fundação Mudes, a fim de oferecer apoio jurídico e psicológico. Além disso, pretende promover suporte emocional preventivo na construção de atividades que possibilitem o bem-estar, cuidado coletivo e empático entre os indivíduos, assim como a realização de uma leitura social crítica acerca das demandas dos sujeitos. 

O psicólogo da Fundação Mudes, Patrick Botelho, integrante do GAPIS, explica o motivo de a instituição ter criado o setor. 

 “Percebemos que a juventude brasileira enfrenta diversos desafios, sobretudo, por conta das infinitas desigualdades existentes no nosso país. Além disso, observamos o aumento no dia a dia de questões relacionadas com a saúde mental. É necessário construir ações que possibilitem a efetivação de espaços de escuta, como o Escritório de Apoio Psicossocial, por exemplo. Os jovens precisam falar sobre as suas questões e serem acolhidos para se desenvolverem de forma saudável.” — afirma Patrick. 

O grupo auxiliará, significativamente, a elaboração de estudos científicos e atividades capazes de divulgar informações relevantes à sociedade sobre o cenário nacional juvenil, considerando a pluralidade das juventudes brasileiras. O Grupo de Apoio Psicossocial se dividirá em duas frentes de atuação. 

 

Escritório de Apoio Psicossocial 

Espaço destinado ao atendimento psicossocial de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade por meio do manejo clínico e da escuta ativa. 

A intenção é acolher os jovens e oferecer respostas às demandas a partir da troca de conhecimento advinda das suas reais necessidades. 

 

Cuidar: Núcleo de Apoio Psicossocial aos Colaboradores da Fundação Mudes 

Espaço voltado para a promoção do bem-estar e da saúde mental dos funcionários da instituição. 

Para efetivar seu propósito, serão apresentados temas que estimulem a reflexão sobre a educação emocional, relacionando-os com assuntos corriqueiros de ambientes profissionais e da vida cotidiana. 

O objetivo é contribuir para a manutenção de um ambiente de trabalho saudável e favorável ao bom desempenho das atividades laborais.

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