A conservação e o uso sustentável destes bens valiosos à humanidade são preconizados em dez metas. Confira algumas delas:
- Gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos, inclusive por meio do reforço da sua capacidade de resiliência, e tomar medidas para a sua restauração, a fim de assegurar oceanos saudáveis e produtivos;
- Até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes;
- Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos, a partir do uso sustentável dos recursos marinhos, inclusive por meio de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo;
- Até 2020, conservar, pelo menos, 10% das zonas costeiras e marinhas, de acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor informação científica disponível;
- Proporcionar o acesso dos pescadores artesanais de pequena escala aos recursos marinhos e mercados;
- Assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos e seus recursos pela implementação do direito internacional, como refletido na UNCLOS [Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar], que provê o arcabouço legal para a conservação e utilização sustentável dos oceanos e dos seus recursos, conforme registrado no parágrafo 158 do “Futuro Que Queremos”.
Historicamente, os mares e oceanos representam espaços de descobertas, inesgotáveis fontes de riquezas e oportunidades de negócio e lazer.
Tráfego marítimo, ciência, pescado, jazidas minerais, petróleo, gás natural e turismo são algumas das inúmeras formas de exploração econômica dos mares.
Estudo da Organização das Nações Unidas aponta que o mercado de recursos marinhos, costeiros e a indústria do oceano movimentam cerca de US$ 3 trilhões por ano, correspondendo a 5% do Produto Interno Bruto global. Todavia, esse uso abundante, que movimenta a economia mundial de maneira expressiva, gera um custo muito alto para a saúde dos oceanos, dos ecossistemas e da humanidade.
O Brasil é o 16º maior litoral do mundo – 7,4 mil quilômetros de costa e 3,5 milhões quilômetros quadrados de espaço marítimo –, representando uma das principais fontes de riqueza nacional: R$ 2 trilhões por ano, 19% do Produto Interno Bruto.
Os impactos negativos da ação humana, como a exploração dos recursos marítimos desregrada, a pesca predatória, o desequilíbrio das cadeias alimentares, o despejo de lixo nos oceanos são alguns dos desafios enfrentados globalmente.
Ainda de acordo com estudo da ONU, o Brasil está entre os 20 países que mais contribuem para a poluição plástica nos oceanos.
Fundação Mudes lança fórum permanente sobre natureza
Alinhada com a Agenda 2030 e visando contribuir com proposições que dialoguem com as metas do objetivo 14, a Fundação Mudes realizará, dia 12/09, o “Fórum Jovem Permanente de Proteção à Natureza”.
O evento – que será realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) –, vai promover debates, oficinas e palestras sobre ações positivas de convivência e proteção ao meio ambiente; dentre elas, a palestra “Poluição Acidental: Derrame de Óleo no Mar”.
O fórum tem como meta criar um espaço permanente de debates para os jovens brasileiros, centrado na importância da proteção à natureza, com a finalidade de abrir horizontes para ampliar a percepção e a conscientização de que todos os cidadãos podem desenvolver ações em defesa de um meio ambiente saudável.
Para conhecer nosso compromisso com os objetivos propostos pela ONU, clique aqui.
Para detalhes da “Agenda 2030”, clique aqui.