Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a “Agenda 2030”, um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, assim como garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.
Para o cumprimento deste plano de ação, a ONU estabeleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável distribuídos em 169 metas.
O objetivo número 4 visa “garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” e possui 10 metas. Conheça algumas delas:
- Garantir que todas as crianças completem o ensino primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes;
- Garantir que todas as crianças tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que estejam prontas para o ensino primário;
- Assegurar a igualdade de acesso à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade;
- Aumentar, substancialmente, o número de jovens e adultos com habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo;
- Eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade.
O agravamento da desigualdade educacional é um dos inúmeros impactos deixados pela pandemia. O estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), intitulado “Enfrentamento da cultura do fracasso escolar”, revela que os índices de reprovação, abandono escolar e distorção idade-série já eram preocupantes antes mesmo da pandemia e atingiam os estudantes mais vulneráveis. Com a chegada da Covid-19 e a necessidade do ensino remoto, a situação ficou ainda mais crítica.
De acordo com a pesquisa (dados de 2019), 2,1 milhões de estudantes foram reprovados, mais de 620 mil abandonaram a escola e mais de 6 milhões estavam em distorção idade-série. Os alunos mais impactados pela desigualdade educacional estão nas regiões Norte e Nordeste; são, em sua maioria, crianças e adolescentes negros, indígenas ou com deficiências.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) aponta que, em outubro de 2020, o percentual de estudantes de 6 a 17 anos fora da escola representava 3,8% (1.380.891) – superior à média nacional de 2019, que foi de 2%, segundo a Pnad Contínua.
No que tange ao objetivo 4, a Fundação Mudes promove atividades e projetos sociais para adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Para conhecer nosso compromisso com as ações propostas pela ONU, clique aqui.
Para detalhes da “Agenda 2030”, clique aqui e acesse o site da ONU.