A campanha Fevereiro Roxo visa conscientizar a população sobre o Alzheimer, lúpus e a fibromialgia. O objetivo é que estas doenças sejam identificadas ainda na fase inicial, e seus sintomas controlados ou retardados, oferecendo melhor qualidade de vida aos pacientes.
Nesta matéria, vamos falar sobre o Mal de Alzheimer. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), cerca de 35,6 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela doença. Estima-se que 1,2 milhão apenas no Brasil.
A patologia, que ainda não possui cura, é o tipo mais comum de demência – termo utilizado para caracterizar a perda ou redução gradual das capacidades cognitivas, podendo afetar a atenção, memória, percepção, o raciocínio e a linguagem.
Conforme o Ministério da Saúde, o Alzheimer pode evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável. Estima-se que, a partir do diagnóstico, o tempo de vida de um paciente que vive com a doença oscila entre 8 e 10 anos. Os principais estágios são:
- Estágio 1 (inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
- Estágio 2 (moderado): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;
- Estágio 3 (grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;
- Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Sintomas
O estágio inicial da doença é marcado pelo surgimento da perda de memória recente. Em seguida, com o avanço do Alzheimer, observa-se o agravamento dos sintomas, como: perda de memória remota (que reúne fatos mais antigos), assim como irritabilidade, falha na linguagem, dificuldade de se orientar no espaço e no tempo.
A seguir, tomando como base o material elaborado pelo Ministério da Saúde, os principais sintomas do Mal de Alzheimer são:
- Falta de memória para acontecimentos recentes;
- Repetição da mesma pergunta várias vezes;
- Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
- Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
- Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
- Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
- Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
É importante salientar que o diagnóstico de Alzheimer não é fator impeditivo para a realização de atividades que as pessoas estão acostumadas a fazer. Assim, são necessárias adaptações na rotina de modo a contribuir com o bem-estar e a segurança.
Veja, a seguir, rotinas que poderão ser incluídas no dia a dia dos pacientes com Alzheimer:
- Realização de tratamento médico com neurologista. Tem-se a finalidade de retardar a evolução da doença e preservar as funções cognitivas. É aconselhado iniciar o tratamento nas fases mais precoces;
- Incluir a utilização de recursos, como bilhetes, ligações e despertadores para auxiliar a execução de tarefas diárias;
- Estimular a mente com leitura, músicas e jogos;
- Estabelecer uma rotina com a inclusão de atividades físicas, viagens e passeios.