Jovens e a felicidade no trabalho

Estudantes

O conceito de felicidade no trabalho é muito subjetivo e muda de acordo com cada pessoa e de geração para geração. A idade e o tempo de trabalho são variáveis relevantes na percepção do indivíduo sobre o que é ser feliz no trabalho. Enquanto veteranos tendem a desejar estabilidade; novatos querem desafios, experiências e privilegiar o seu bem-estar.  

   

Segundo estudo produzido pelo Workmonitor, da empresa holandesa Randstad (consultoria e RH), em 2022, as Gerações Z (nascidos entre 1995 e 2010) e Millennials (nascidos entre 1981 e 1995) priorizam a felicidade. Quase dois em cada quatro (40% e 38%, respectivamente) dizem que preferem estar desempregados a infelizes em um emprego. 

   

Mais da metade (56% da Geração Z, 55% da Geração Millennials, 50% da faixa etária de 35 a 44 anos) disse que deixaria o emprego se este fosse um impedimento para aproveitar a vida. Dois em cada cinco (41% da Geração Z e 40% dos Millennials) afirmaram que já deixaram um emprego porque não se encaixava em sua vida pessoal — à frente das gerações mais conservadoras e mais velhas (36% dos 35-44 anos, 30% dos 45-54 anos e 25% dos 55-67 anos). O estudo entrevistou 35 mil profissionais em 34 países, incluindo o Brasil 

   

O conceito de ser feliz no trabalho vem ganhando força e leva muitas pessoas a, independentemente do seu momento de vida, pensar e desejar a felicidade no trabalho. Todavia, apesar de todo o avanço, ainda hoje, o trabalho, em muitas organizações, continua sendo a causa da infelicidade de muitos colaboradores. Para mudar esse cenário, as empresas precisam construir uma cultura de humanização. Os jovens são potenciais agentes transformadores dessa mudança.  

   

Muitos jovens não almejam trabalhar em grandes empresas tradicionais. Preferem as que sejam desafiadoras, inovadoras, que proporcionem um ambiente psicologicamente seguro e o desenvolvimento das suas potencialidades. Há, também, os jovens que visam abrir seu próprio negócio.  

   

Segundo a professora Carla Furtado, em seu Livro Feliciência, o correto não é felicidade no trabalho, mas sim felicidade de quem trabalha, pois não há duas pessoas (a que vive e a que labora), apenas uma. 

  

Está comprovado, cientificamente, que colaboradores felizes são mais engajados e produtivos, tendo como consequência a satisfação do cliente e o sucesso da organização. Funcionários felizes não apenas produzem mais, como também permanecem mais tempo em seus empregos.  

   

A ausência de separação entre vida profissional e pessoal é um conceito relativamente novo, muito defendido pelos jovens que estão iniciando carreira. Eles também são favoráveis à ausência de fronteira material (escritórios) e à presença da felicidade no trabalho.  

   

Mas o que é a felicidade no trabalho para os jovens?  

Engana-se quem pensa que é o salário. Para os jovens, a felicidade no trabalho envolve vários aspectos, como flexibilidade, autonomia, desenvolvimento profissional e pessoal, segurança psicológica, reconhecimento imediato, diversidade, dentre outros.  

   

O fato é que os jovens buscam mais do que uma vaga ou cargo efetivo. Eles querem iniciar a carreira, alinhar o trabalho ao seu propósito e sentido de vida. Os jovens precisam de identificação psicológica com a atividade laboral. 

 

A juventude almeja fazer a diferença no mundo e para o mundo. Independentemente da sua realidade e necessidade, os jovens também querem ser felizes no trabalho, é uma recompensa, assim como o salário.  

   

Não existe uma fórmula, nem uma definição, tampouco um “trabalho que não dê trabalho”. Os jovens não estão fugindo da atividade laboral, mas de perder tempo sendo infelizes. 

 

O segredo é encerrar o expediente com mais emoções positivas do que negativas e o desejo real de continuar suas demandas no dia seguinte.

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