Nascido em uma comunidade do Rio de Janeiro, ex-estagiário da Fundação Mudes é atualmente empresário
Wagner Anastácio tem 53 anos e uma história de vida de garra e superação. Nascido em uma comunidade do Rio de Janeiro considerada com o quinto pior IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – do município e um alto índice de violência urbana, ex-estagiário da Fundação Mudes é atualmente empresário. Wagner interrompeu os estudos aos 15 anos e só retomou a vida de estudante aos 37 anos, quando se formou no ensino médio. Ao todo foram 22 anos afastado da escola e dos livros.
“Nasci em uma comunidade muito pobre, muito carente aqui do Rio de Janeiro, a comunidade de Manguinhos. Uma comunidade que hoje é cercada em todo o seu entorno da região de Benfica, Bonsucesso. E até hoje é uma região muito pobre, carente e muito violenta.”
Em dois anos após a retomada aos estudos, a vida de Wagner já era outra. Ele conseguiu uma bolsa de estudos através do ENEM e se inscreveu em uma universidade para cursar a faculdade de Direito. E é nessa etapa da vida de Wagner que entra a Fundação Mudes. Foi através de um dos agentes integradores da Fundação Mudes que Wagner teve a oportunidade do primeiro estágio.
“Eu não tinha envolvimento com nenhum tipo de profissional da área do Direito. A minha porta, que foi aberta por Deus através da Mudes, (…) então eu pude estagiar já no 2º período, foi impressionante isso! (…) Eu pude começar a vislumbrar e a me ambientar nesse mundo do Direito, no mundo dos advogados, que pra mim na época era um mundo surreal. Eu era muito pobre, e continuava, eu vendia bananada no ônibus para poder ir até a faculdade, eu fazia salgados para vender na hora do lanche para o pessoal da faculdade. Estudando na faculdade, mas apenas estudado, eu não seria capaz de me ambientar. Um estágio, a porta aberta, esse momento especial que foi aberto pra mim através da oportunidade do estágio é que gerou em mim uma nova perspectiva. Estar no meio de quem trabalha, estar envolvido no meio de quem vivia no direito, começou a me trazer experiências novas.”
E foi através do primeiro estágio que Wagner construiu pouco a pouco o seu grande sonho como advogado: um escritório de advocacia em parceria com sua colega de trabalho, que futuramente viria a ser sua sócia e esposa.
“Eu comecei a auxiliá-la. Ela me pedia para elaborar petições, para fazer serviços nos processos pessoais que ela tinha, ela era contratada em um outro escritório e nós começamos a trabalhar juntos. (…) e aí nós conseguimos, através de muito esforço, muito trabalho mesmo, uma carteira de clientes que começou a permitir que nós tivéssemos então essa autonomia.”
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