Na linha de frente dos impactos climáticos, as nações insulares estão liderando pelo exemplo no enfrentamento das crises ambientais globais.
Os líderes dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento pressionaram a comunidade internacional para estabelecer a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C, como reza o Acordo de Paris.
Iniciativa para proteção e restauração
Eles também transformaram partes de suas águas territoriais em áreas marinhas protegidas, vitais na conservação global, cumprindo o novo Marco de Biodiversidade Global de Montreal-Kunming.
Em reconhecimento ao papel de liderança desses países, a Década da ONU para a Restauração de Ecossistemas escolheu uma iniciativa que abrange três Estados Insulares: Vanuatu (no Pacífico), Santa Lúcia (no Caribe) e Comores (no Oceano Índico).
Impacto na economia
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, muitas nações insulares estão lutando para escapar da pobreza, conforme a mudança climática acelera a degradação dos recursos naturais que sustentam suas economias.
Coordenado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Departamento para Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, o programa visa restaurar paisagens inteiras, acelerar a recuperação econômica da pandemia da Covid-19 e mostrar como as nações insulares podem construir economias sustentáveis em torno de ecossistemas marinhos saudáveis.
Desafios
De acordo com a agência, essa abordagem integrada pode levar anos para ser montada e implementada totalmente. Mas os especialistas apostam em benefícios que medem o tamanho do desafio.
Em todo o arquipélago de Vanuatu, as comunidades costeiras estão encontrando maneiras de reduzir a pressão sobre seus recifes de corais, danificados por tempestades e o branqueamento, para que os estoques de peixes possam se recuperar.
Em Santa Lúcia, a restauração de manguezais e prados de ervas marinhas está protegendo as áreas costeiras usadas para o cultivo de musgo marinho.
Tartarugas Marinhas
As comunidades locais interromperam a extração de areia das praias onde os turistas gostam de observar dezenas de filhotes de tartarugas saindo de um ninho e dando seu primeiro mergulho no oceano. Os moradores estão coletando lixo e replantando manguezais para combater a erosão costeira.
Em Comores, Santa Lúcia e Vanuatu, cerca de 110 mil hectares já estão sendo restaurados.
Ao fortalecer os ecossistemas e meios de subsistência, desenvolvendo uma “caixa de ferramentas” de abordagens eficazes, a iniciativa espera catalisar a restauração em mais nações insulares.
Fonte: ONU