A maternidade é a experiência mais enriquecedora que a mulher pode vivenciar. Gerar uma vida é uma decisão de extrema responsabilidade, que requer alto grau de maturidade e equilíbrio emocional para lidar com as mudanças que virão decorrentes desta nova condição: ser mãe.
Quando a adolescente se torna mãe, este processo de adaptação à nova realidade tende a ser muito complexo e cercado de medos, inseguranças e ansiedade. A jovem mãe ainda não tem maturidade e experiência suficiente para cuidar de um bebê, um ser tão frágil e dependente. Os impactos recaem na principal fonte de vida e saúde da criança: o aleitamento materno.
A literatura médica cita que a adolescência é um dos fatores do desmame precoce. A decisão por não amamentar ou pela interrupção antes do tempo preconizado pelos órgãos de saúde tem como determinantes diversos fatores, sejam eles de ordem comportamental, econômica ou social. Os mais comuns são: retorno ao trabalho ou estudo, tabus sociais, inexperiência, falta de orientação familiar, desconhecimento quanto à importância do aleitamento e sobre os riscos para a saúde e o desenvolvimento da criança no caso de desmame antes dos seis meses de idade.
A psicóloga Izaura Vale destaca alguns obstáculos que as mães adolescentes costumam enfrentar.
“A decisão de amamentar pode ser difícil de concretizar devido ao tempo para retornar ao trabalho, pois podem existir dificuldades reais em amamentar. Algumas vezes, faz-se necessário o apoio e a ajuda dos profissionais de Saúde, psicólogos, das empresas e da sociedade.” – ressalta a psicóloga, que evidencia, ainda, que os laços criados com a mãe por meio do aleitamento favorecem o desenvolvimento emocional e relacionamento da criança em sociedade.
“O aleitamento materno está relacionado com o afeto entre mãe e filho. O bebê vai se adaptar à mãe, e ela ao bebê e às suas necessidades. O vínculo se estreita com a amamentação. Se a mãe não se dedica inteiramente a esse momento, deixa uma lacuna, e as relações futuras desse bebê serão comprometidas, pois a primeira relação que ele tem é com a mãe, sua primeira convivência.” – finaliza Izaura.
Cabe reforçar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno até os 2 anos ou mais, sendo exclusivo até os seis primeiros meses de vida.
Amamentar é vida e um ato de amor!
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