O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), durante a 18ª Sessão do Fórum sobre Florestas, definiu como prioridades aumentar a área de florestas protegidas ao redor do mundo e reforçar seu manejo sustentável.
As florestas ocupam 31% da superfície do planeta e abrigam 80% da biodiversidade terrestre. Além disso, mais de 1,6 bilhão de pessoas dependem delas para subsistência e renda.
A presidente do Ecosoc e embaixadora da Bulgária, Lachezara Stoeva, destacou a importância de cuidar das florestas para gerar benefícios em diversas áreas, como a redução da pobreza, a promoção de empregos decentes, a equidade de gênero e a educação de qualidade.
Ela ressaltou que a preservação das florestas contribui para as metas de combate às mudanças climáticas, por meio do sequestro de carbono e da mitigação e adaptação. Stoeva também mencionou a realização do Fórum Político do Alto Nível do Desenvolvimento Sustentável, tanto no âmbito do Ecosoc (em julho) quanto na Assembleia-Geral da ONU (em setembro), enfatizando que as deliberações sobre florestas podem impulsionar o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.
O subsecretário-geral do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Li Junhua, afirmou que as florestas estão em risco, e a expansão da agricultura comercial é responsável pela maior parte do desflorestamento.
Todo ano, 7 milhões de hectares de florestas naturais são convertidos para outros usos.
De acordo com o Departamento, as doenças zoonóticas representam 75% de todas as doenças infecciosas emergentes e, geralmente, ocorrem quando paisagens naturais, como florestas, são desmatadas.
O órgão estima que 2 bilhões de hectares de terras degradadas em todo o mundo tenham potencial para serem restauradas. Revitalizar as florestas degradadas é fundamental para atingir a meta da ONU de aumentar a área florestal global em 3% até 2030.
Isso também ajudaria os países a criar novos empregos, prevenir a erosão do solo, proteger as bacias hidrográficas, mitigar as mudanças climáticas e salvaguardar a biodiversidade.
FONTE: ONU