História de vida, oportunidades de trabalho, primeiro emprego e o dia a dia no universo PcD
“Eu sempre soube da minha condição, mas eu sempre procurei tratar a minha realidade de maneira leve. Eu preciso de uma cadeira de rodas para me locomover, então eu e cadeira, a gente convive. Ela não é um empecilho, ela é parte de mim. A cadeira de rodas é como os óculos de grau, você usa porque você precisa, é uma extensão de você mesmo.”
O primeiro trabalho remunerado de Cassiano foi no IBDD – Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência – antes mesmo de realizar a formação acadêmica –, depois disso Cassiano trabalhou por cinco anos no primeiro emprego de carteira assinada: em uma agência de publicidade (já com a formação acadêmica concluída), mas foi dispensado por conta de cortes na empresa durante a pandemia da Covid-19.
“Eu não fui demitido para ser substituído, eu fui demitido porque as vagas sujeitas a demissão foram extintas”
No mesmo ano da demissão, ainda em 2020, Cassiano recebeu a proposta de empreender em sociedade com seu companheiro:
“Ou eu abraço essa ideia para tentar ter uma vida independente da minha família, ou eu fico aqui estagnado. Foi aí que a minha cabeça abriu e quando eu entrei nesse processo, eu entrei de cabeça, com a mesma força que eu não queria, que eu estava com medo, eu fui com tudo.”
Cassiano Fernandez. Foto: Arquivo Mudes
“O meu recado, resumindo é: PcDs do meu Brasil, não se vitimizem, vão à luta, batalhe. Eu sei que a nossa vida é uma eterna e diária batalha, mas eu estou falando do outro tipo de batalha, batalhem por aquilo que vocês almejam, por aquilo que vocês querem, vão atrás dos seus sonhos. Não tratem a deficiência como um empecilho!”