O isolamento social durante a pandemia trouxe severas mudanças nos hábitos e na rotina de todos nós. Trabalho 100% home office, delivery e aulas remotas foram uma realidade por um tempo considerável.
O sedentarismo, que já era um problema de saúde pública, causador de inúmeros males, tornou-se ainda mais pernicioso na pandemia, à medida que as pessoas passaram a ficar e trabalhar em casa, reduzindo as idas à rua e, consequentemente, também às academias, que estavam fechadas no período.
Entretanto, mesmo com o fim do lockdown, as pessoas não voltaram a praticar atividades físicas como antes. É o que demonstra pesquisa do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), em parceria com a Universidade Federal de Pelotas. O estudo alerta que a inatividade física aumentou 40,6%.
A pesquisa também revela que, antes da pandemia, 38,6% dos entrevistados diziam praticar mais de 150 minutos de atividade física por semana. No primeiro trimestre de 2022, esse número caiu para 30,3%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 4 adultos e 4 em cada 5 adolescentes no mundo não praticam atividade física dentro do esperado (150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana).
A inatividade física – que está diretamente relacionada com obesidade, depressão, ansiedade e insônia –, também é considerada fator de risco para problemas, como diabetes tipo II, hipertensão, osteoporose e alguns tipos de câncer (de cólon e de mama).
A preocupação com o aumento do sedentarismo pós-pandemia também chegou às empresas, que incentivam, em seus programas de saúde corporativa, a prática de atividades físicas, seja dentro ou fora do ambiente de trabalho.
Uma das iniciativas é a ginástica laboral: uma forma de minimizar os efeitos negativos de se passar muito tempo sentado ou fazendo movimentos repetitivos. Algumas empresas oferecem até mesmo academia no próprio local de trabalho ou Gympass.
O combate ao sedentarismo é visto como uma das primeiras estratégias para a melhoria da saúde e do bem-estar dos funcionários. É o remédio mais eficaz contra dores, depressão, tristeza, baixa autoestima; graves doenças, como infarto, AVC, obesidade, diabetes, dentre outros males. Em outras palavras, traz inúmeros benefícios para a saúde do corpo e da mente, proporcionando a melhora da capacidade cognitiva, a redução do esgotamento profissional e o absenteísmo.