A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde do Brasil, Ethel Maciel, alertou que o país retrocedeu a níveis semelhantes a 2022, com o aumento de mortes por tuberculose e atraso de diagnósticos.
Segundo ela, o país sofreu muitos “retrocessos” desde 2018. Durante esse período, houve “muito atraso” no diagnóstico da tuberculose, pois os serviços de saúde estavam focados na Covid-19.
“Infelizmente, para nós, no Brasil, a nossa taxa de mortalidade (por tuberculose) aumentou bastante e nós estamos agora com índices semelhantes ao que estávamos em 2002. Então, nós chegamos nessa nova Reunião de Alto Nível pior do que estávamos em 2018 e com desafios ainda maiores para que possamos cumprir essas metas até 2030, que é o nosso desejo”.
Em 22 de setembro, a ONU realizará a 2ª Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose. Dentre as expectativas da secretária Ethel Maciel para o evento da ONU estão a prioridade nos investimentos em pesquisa, diagnósticos rápidos e a vacina.
“Nós sabemos que com uma nova vacina nós teremos muito mais possibilidades de enfrentar ou de chegar nas metas das Nações Unidas. Mas também uma grande prioridade é termos diagnósticos rápidos, diagnósticos que possam ser feitos na atenção primária, mais próximo das pessoas. Para que elas não precisem se deslocar das suas casas. Que a gente possa ter, a exemplo da Covid-19, testes rápidos para tuberculose também.”
A secretária de Estado comentou que o Brasil espera garantir, ainda no primeiro semestre de 2023, a incorporação de novas tecnologias que foram disponibilizadas desde 2018. Em especial, tratamentos para pessoas infectadas com cepas da tuberculose que são multirresistentes a medicamentos.
Fonte: ONU